27 - Lurdes Breda
O
Sol desce no horizonte longínquo,
tingindo
de escarlate a paisagem vaga,como fogo-fátuo que ilumina
a realidade do meu sonho…
Refugio-me no terraço.
Observo o movimento apressado
de asas longas e o voo suave,
cortando o ar perfumado de rosmaninho e alecrim.
Sigo ao acaso e deleito-me na frescura da relva viçosa
que me acaricia os pés descalços e frágeis.
Sinto-me capaz de conquistar o Mundo e de lutar
contra todos os inimigos… De vencer todas as batalhas!
No entanto, reconheço-me tão pequenina e frágil
perante tanta beleza e tamanha paz!
in livro “Asas
de vento e sal”, página 63, edições Mar da Palavra, Coimbra, 2005.
Sem comentários:
Enviar um comentário