70- Carlos Val
Soçobra
do fundo do espelho
Um
rasgo dos teus olhosEm lágrimas laminadas
Encarcerado num tear de folhas
Onde permaneço encolhido
No linho de um Outono imprevisto
Não
há nada a fazer
Resta-nos
o restolho do braseiroE as fagulhas que partilhamos
Enquanto o sono não arrefece
Os corpos no éter da casa
in livro
“ Nono sentido”, página 40, edições Temas Originais, Coimbra, 2012.
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