57 - Paulo Gaminha
Anda, vem tocar-me, toca-me com essas mãos nuas
de tudo cheias de mim, deixa que elas soltem a tua roupa, a deixem cair como a
folha caduca que abandona o seu ramo abrigo.
Desejo esse teu toque entregue ao meu, esse
toque que te faz orvalhar como a mais linda flor aos primeiros raios de sol da
primavera, anseio por essas gotículas espessas nascidas de ti para mim.
Anda, vem tocar-me e deixar-te tocar, deixemos
que o toque mágico aprisione estes corpos ilusionistas expostos na arena de
Circo que é a nossa cama, puxa o lençol vermelho e faz-me desaparecer dentro
ti, cobre o teu corpo pela paixão e faz-me reaparecer no cimo de ti…
Amo o toque com que me tocas, o toque que
completa o meu, toca-me e volta a tocar-me, porque o meu toque não se cansa do
teu!!!
Paulo Gaminha
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