sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Tombam águas pesarosas

 
Imagem da net, em: www.deolhonotempo.com.br
 

A água tomba
Nos campos da desolação
Moldando
E desmoldando
As terras desesperadas

Há partículas
Dum fértil chão
Desconsolado
Em tanto deteriorado asfalto
Da profunda
Constatação

Tudo se amedronta
Num cinzento
Assaz tristonho
E doentio

Pouco sobra
Da contemplação
Mesmo no aguardar
Do pleno desanuviar
Das águas pendentes

 
António MR Martins

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