terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Relâmpagos no asfalto

 
Imagem da net, em: casavogue.globo.com
 
 

Explodem pruridos na noite
Em brilhos de intensidade
Revolvidos perante a chuva

Os medos não terminaram
Nesta chegada soberba
Que nos prende no andamento

Vigoram agora os ais
Da penumbra do anoitecer
Em soluços de melodia áspera

É congénere ao assentimento
Da rudeza fantasmagórica
De um clima
Que nos obriga a parar

Não há caminho aberto
Neste enorme desabar

 
António MR Martins

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