domingo, 11 de julho de 2010

O Sabor da Inocência

É todo masculino seu cheiro viril de amante
Perfumando meus desejos guardados no timo
No desabrochar da inocência em cada instante
Revelo-te meu doce sabor quando me aproximo
Dou-te de beber nos teus lábios, meu instinto
Com o sabor dessa nascente que em ti satisfaz
Enfeitando de suaves corais e aromas de absinto
O ventre desta gruta virgem por um instante fugaz
É toda feminina minha pele rósea, meu doce humo
Diante dos teus olhos silenciosos derramo-me sentindo
O desejo da tua boca sorvendo minha fruta, meu sumo
Entre minhas coxas o mundo gira e o céu vai se abrindo
Ensino-te os caminhos do meu prazer mais profundo
Por cada poro que passeias com tua língua e espume
Tua saliva, depois a brisa do teu sopro a arrepiar o fecundo
Corpo que minha alma e o meu coração pulsando resume

Helen De Rose

1 comentário:

Helen De Rose disse...

Agradeço a sua generosidade, António. Uma ótima semana, meu querido amigo.