quarta-feira, 11 de abril de 2012

Entre a sorte e o azar


O azar bateu à porta
sem nunca ser esperado,
como a natureza morta
se limita ao passado.

O sol tapado pela noite
esfuma sua luz suprema,
da lua leva um açoite
num duo de eterno dilema.

A sorte tem desencanto
na espera de encantar,
a cada recolha do pranto
por tanta sorte ou azar.

A lua brilha pelas noites
pelos conceitos do luar,
ó sol, nunca pernoites
se o teu plano alterar.

E nesta busca do sonho
na sorte sempre a escapar,
tem-se o azar por medonho
sem nunca se querer abraçar.

Do sol ficam luz e calor
da lua brilho e magia,
que prevaleça o amor
pela sorte tão arredia.


António MR Martins

Foto de Kok Mak (Tailândia), by Gonçalo Lobo Pinheiro

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