sexta-feira, 6 de abril de 2012

FRÁGIL CERTEZA DO AMANHÃ


Agarra a minha mão,
transporta-me a vontade orfã no teu peito
porque eu,
eu sinto o peso insustentável da existência
na incerteza de novos amanheceres
antes refúgios de esperanças ansiadas
agora miragens nas neblinas do presente

Agarra a minha mão,
ensina-me o caminho que desenhas
nos traços das pegadas de um passado
que dá voz aos teus desejos conquistados
porque eu,
eu grito os silêncios que me invadem
na procura da palavra que me enche
na procura da certeza que me escapa

Agarra a minha mão,
ancora em ti a réstea da ideia
que ainda pulsa
debilmente
na frágil certeza de um amanhã ...


João Carlos Esteves

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