No campo rudimentar absorto
onde as ervas crescem daninhas,
para as culturas está morto
nele já não passam libelinhas.
As aves abalam assustadas
cantando as mágoas alheias,
daquelas terras assombradas
outrora ouro de suas aldeias.
Secam-se no tempo memórias
enredos de diversas labutas
no amanhar radioso do chão.
Passaram-se tantas histórias
no afago a cereais e a frutas
sempre com enorme paixão.
António MR Martins
Foto: Kaiping (China), by Gonçalo Lobo Pinheiro
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