terça-feira, 24 de agosto de 2010

Destino consumado

Um odor invade o ambiente
Onde permaneço

Um cheiro que deprecia
O suco da nossa respiração

Muitos não valorizam
Esta mudança
Deixam que odor se cimente
Ganhando tentáculos inesperados

Ninguém age de modo prudente
Pelo que do mundo conheço

Tudo se distancia
Sem respeitar a solução

As coisas não se eternizam
E perdem a pujança
Não há quem lamente
Por nos sentirmos amordaçados

Surge o vento num repente
Num sentir que prevaleço

Mastigo a melancia
Produto de sustentação

As atitudes se sintetizam
Nesta efémera bonança
Tudo continua latente
Os navios permanecem ancorados

Fica a ideia pertinente
De que me desconheço

Ai como me apetecia
Fluir em condensação

Por aqueles que infernizam
O berço de uma criança
Numa sociedade deficiente

E assim se realizam
Nesta vida de mudança
De uma forma consciente

Todos os desajustados
Se sentem assim despojados

António MR Martins

foto in http://www.fotosearch.com.br/, Ingram Publishing - RF Royalty Free (na net)

Sem comentários: