LABIRINTO OU PROCURA
INICIÁTICA
Tudo
é labirinto e forma inútil
Vã
glória e beleza efémera.
Beijo
a beijo, flor a flor,
Vão
chegar os dias transparentes.O ardor da casa pedra a pedra
Os degraus da sapiência transmutável
Com que os bosques guardam
As falas de antiquíssimos anéis.
Virão;
estou convencido, novas melodias,
O
silêncio cantado na pausa da escrita.Novos rostos, novas mãos para afagar
O brilho das estrelas num inextinguível amor
Partilhado, na forma mais pura do voo,
No olhar mais cristalino de etérea profundidade.
Na
noite a luz dos espelhos definem-te os contornos.
Mas,
só as palavras sussurradas incendeiam a peleE fazem da nascente o sortilégio de todos os desígnios.
Joaquim Monteiro, in “À Janela do Teu Corpo”, página 102, edições
Modocromia, Outubro, 2014.
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