quarta-feira, 15 de abril de 2015

quando se esfarrapam as palavras


Imagem da net, em: www.etcetaljornal.pt



propago a dor da palavra ferida,
aquela que esvoaçando perdida,
se destrói,
levada em farrapos,
pelos ventos de todos os destinos.

promovo a ferida dorida da palavra,
daquela que amargurada se fragiliza
e se despedaça,
sem a força da revitalização.

trago-vos as sequelas da ferida incurável
da palavra esquecida, adormecida
e esquartejada,
aquela que se expõe sem trancas,
sem algemas ou ameias,
mas jamais é acarinhada e fortalecida,
a preceito.

divulgo o anseio dos povos
pelo “ressuscitar” da palavra,
com a força que representa.

aquela que passa de boca em boca,
perante a estranha indiferença
dos últimos habitantes do mundo.

sentem-se os ventres
inundados de dor, de mágoa
e de inconformação,
neste vil destino acomodado.

propago, então, a dor da última palavra ferida,
nos tempos de todos os tempos:
a palavra… LIBERDADE !!!

António MR Martins

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