DESERTO
Quando
atravesso o deserto
Sem
de ti saberSe estou longe, se estás perto
Quando me afasto, quando me perco
É como se o vento me cegasse
Me levasse
Me escondesse nas areias
Cálidas de silêncio
Na ausência do tempo
Sem que me possa lembrar.
Atravesso
o vazio do que me falta
Perdendo
o rasto das ideiasSem saber onde chegar
Sem saber como voltar.
José Gabriel Duarte, in “No outro lado de mim”, página 66, edições Chiado
Editora, Outubro, 2012.
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