domingo, 8 de setembro de 2013

4.


Lisboa (vista parcial), por António MR Martins.


Acolho o ar que me recebe e o vento que me ultrapassa.

A memória tem o tempero que a vida deixa de ter, às vezes funesta
outras vezes melancólica. Não há sorriso que supere
tanta leviandade vasculhada e tanto ser mal tratado.
O espanto não reage a tanto melodrama real, ninguém se compadece
e o estratagema partidariza-se, em todos os caminhos
e conceitos educacionais.

O que vem esfriar este meditar e o latejar dorido do cérebro
são os pássaros que continuam voando e aparando
o irracional constatar de todos estes pressupostos.

Não me obriguem a vir para a rua gritar!... (escreveu alguém)

 
António MR Martins

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