terça-feira, 24 de setembro de 2013

Já não se escrevem cartas, nem de amor


Imagem da net, em: www.blog.clickgratis.com.br


Uma folha de vinte e cinco linhas
a esferográfica na tua mão,
no fluir do pensamento, escrevinhas
as palavras que saltam do coração.

Entre um relevar apaixonante
enredas ternos determinativos,
então escreves o amor por diante
pelos mais generosos motivos.

Com perfume bem cheiroso salpicas
o findar da missiva de tanto valor
numa repetição que já praticas.

Colas o envelope, em jeito sedutor,
ritual intenso de que não abdicas…
já se não escrevem cartas de amor!

 
António MR Martins

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