sábado, 21 de setembro de 2013

Teresa Brinco de Oliveira




O último dia

 
era o último dia frente ao mar
essa imensidão que me deixara a alma
em devaneios.
por ele sereias e marinheiros
se haviam fundido
em universos de Amor
salvando o corpo, naufragando a alma.

era o último dia…
esse dia transformara o mar em cinza
e até as gaivotas haviam partido
rumo a outros mares
procurando novas marés.

só ao longe, fina linha longitudinal
onde outrora eu vira sonhos
existia, agora, a brancura
liquefeita dos meus
sortilégios.

 
Teresa Brinco Oliveira, in “ O Riso Rasgado do Tempo”, página 74, edições Edita-Me, Maio 2011. 

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