terça-feira, 3 de setembro de 2013

1.




Sento-me no lugar da espera prometida
onde o alcance das aves se desvirtua do seu canto,
como forma premeditada, naquela envolvência
sonora da natureza. O oásis de todos os reflexos é ali,
naquele momento, pelo respirar ofegante dos sentidos.

Espelho da vida onde o visível se expande numa turva invisibilidade
até ao declinar do pensamento onde as lentes
não potenciam quaisquer visões e anseios.

Tudo parece disforme e incoerente.
Apesar do denso apaziguar dos pássaros
entre as árvores da nossa redenção.

 
António MR Martins

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