sábado, 21 de setembro de 2013

Sara Timóteo




A ESPERA

As avelãs caem
no regaço da minha espera.
Permaneço.

Os ventos vivem
de mil percursos de seda e tálamo
e não dizem novas do teu paradeiro.

Sob os meus olhos estancados
à beira do tempo,
as flores de avelaneira
murcham no meu peito
e, amigo, esmoreço.

 
Sara Timóteo, in “Deixai-me Cantar a Floresta”, página 16, edições Papiro, Janeiro 2011. 

 

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