Longas
são as asas dos abutres
Em
perpétuo movimento
Sobrevoando
a presa
Moribunda
Espreitam
o momento
Da
queda
Na
terra vermelha e árida…
Sequioso
e lânguido
O
grito
Fugaz
e agoirento
Sob
um céu rubro, interdito
África
Agrilhoada.
Na
rota do seu voo
Poisam
de mansinho
Como
os homens pisam
Devagarinho…
A
humanidade ancestral
Vai
recuando… recuando…
À
época Medieval
Os
homens e os abutres
Vigiam…
Na
espera triunfal.
Conceição Oliveira
in livro “Labirinto de
Palavras”, página 70, edições Temas Originais, Coimbra, 2012.
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