11 - Luís Ferreira
Roubei
a noite ao dia,
E
namorei secretamente…
Abraçado
por um lençol de estrelas.
Os
minutos passaram, tornaram-se horas,
No
vazio, o silêncio…
Entre
murmúrios tímidos de desejo
Rasgos
de cometas,
Que
queimaram o céu,
Em
prazeres de pecado que o tempo escondeu.
Tempo
que prendeu o tempo,
Gemidos
que o eco fez vibrar,
Nos
laços infinitos,
De
volúpia, feita de magia e sedução.
Nuvens
de cetim,
Percorrem
como plumas o deleite do momento,
Erguendo
paixões enamoradas,
Onde
o beijo preenche o fôlego da manhã,
Na
sedução alienada de prazer.
Resvalam
rios de suor,
Em
caudais de ardores que inalam o espaço,
Nos
corpos que dançam numa aliança de amor,
Nas
sintaxes de uma história interminável,
Que
começa e acaba em nós.
Tocam
as trombetas ao despertar da alvorada,
No
tactear suave do sol na minha face…
Acordei…,
e sentia cama gelada, vazia,
Nada
mais importa porque mais tarde voltarei…
A
roubar a noite ao dia.
Luís Ferreira
in livro “Momentos…”,
página 113, edições Temas Originais, Coimbra, 2009.
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