domingo, 9 de dezembro de 2012

SONHOS

9 - Dalila Moura Baião
 
 
 
Um poema de uma obra que também apresentei. Por duas vezes.
                                                                                   


Trago mil sonhos guardados
na bagagem da ilusão
entrelaçados de Esperança
ancorados num pontão.
São espuma de maré cheia
que se desfaz sobre a praia.
São ruídos de gaivotas
pousadas junto à muralha.

Bocados de algas perdidas
dançando na maré alta
baloiçando sobre as ondas
descansando lá na areia
cansados da dança louca
dos cantares de uma sereia.

E dançam leves e soltos
os sonhos para viver.
São pedaços do meu tempo,
retalhos do meu sentir.

Borboletas esvoaçando
… pequena parte de mim!

Sonhando o sonho acontece
sem sonho seria o fim.
Esses mil sonhos guardados
nascem e morrem… assim!

 
Dalila Moura Baião

in livro “Varandas de Luar”, página 18, edições Temas Originais, Coimbra, 2009.    

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