quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

margens entre nuances



o sol não habita agora aqui!...

esconde-se
entre o arvoredo da fresquidão.

as frestas do silêncio
soletram empatias
com o grito sonoro das aves,
a cada seu movimento saltitante,
entre os ramos do bem-estar.

o soalho chão
acolhe as consequências
de toda a perfeição,
engrandecendo
a naturalidade das coisas.

há um fecundo aroma
que neutraliza tristezas
e agonias,
por entre as nuvens do prazer
e o ambiente calmo que as rodeia.

existem,
por momentos,
válidas razões para o continuar
da caminhada.

será sonho,
ilusão,
utopia
ou simplesmente realidade?

 
António MR Martins

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